Pesquisa Datafolha revela que 84% dos consumidores continuam preferindo as sacolas plásticas como a maneira mais frequente para carregar suas compras. As sacolas de pano e de nylon apareceram em segundo lugar, com 11%, seguidas do carrinho de feira (3%) e da caixa de papelão (2%). Ou seja, de cada dez pessoas entrevistadas, cinco ainda consideram as sacolas plásticas como o melhor meio para transportar suas compras.
A resistência da embalagem e sua reutilização foram as principais causas que levaram a maioria a escolher as sacolas plásticas como o melhor recurso. “Por serem duráveis, resistentes, higiênicas, recicláveis e oferecerem economia e praticidade ao consumidor é que as sacolas plásticas foram apontadas como a preferida da população”, explica Alfredo Schmitt, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief).
O levantamento revela também que 82% das pessoas não concordam com o pagamento pelo uso das sacolas plásticas. Elas até acreditam que a cobrança daria mais lucro para o comércio, mas 57% defendem que proibir a distribuição prejudicaria principalmente a população e, como solução, 64% propôs que o próprio comércio distribuísse gratuitamente as sacolas biodegradáveis, caso as usuais fossem proibidas. Somente 10% acham que o lojista deveria vender outro tipo de sacolas.
Feitas de polietileno, as sacolas plásticas são 100% recicláveis, mas o Datafolha constatou que grande parte da população não sabe disso. Isso porque somente 38% respondeu que as sacolas plásticas são recicláveis, contra 45% que afirma que elas não são (17% não souberam responder). “Para que se garanta o direito do consumidor escolher a melhor embalagem para carregar suas compras e ao mesmo tempo, a preservação do meio ambiente, acreditamos que a educação é a saída que vai garantir o uso consciente e o descarte correto das sacolas plásticas”, esclarece Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, instituto socioambiental dos plásticos.
A pesquisa, realizada no final do primeiro semestre, contou com 1123 entrevistas de homens e mulheres, com idades acima de 16 anos, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.